quinta-feira, 17 de junho de 2010

Indo embora para a faculdade

O Dia D

Tudo é mais difícil na primeira vez. Minha primeira impressão de quando cheguei na faculdade foi de desconfiança. Eu não me sentia assustado há muito tempo, estava tão despreparado. Lembro-me que foi em um dos vinte e oito dias quentes de fevereiro. Olhos atentos e uma “pulga atrás da orelha”. Aquele calor era intenso, e quanto mais apreensivo eu ficava, mais desnorteada ficava a minha mente. Pouco depois percebi que não era somente eu que estava desmoralizado com tudo aquilo em minha volta. As pessoas também estavam preocupadas e com um olhar sensível ao campus e aos demais presentes. Tudo ao meu ver era novo. Equivoquei-me ao julgar as pessoas pela aparência – “Nunca julgue um livro pela capa, pois o seu conteúdo pode ser surpreendente!”. Com o tempo percebemos que tudo passa, e descobrir que vale a pena enfrentar essa nova vida é algo extraordinário. Como dizia Nelson Ned: “Mas tudo passa, tudo passará”.

O verdadeiro significado de uma amizade

Amizade tem uma significativa bem maior do que a palavra amor. Na primeira palavra, por mais que a pessoa deixe a desejar, podemos confiá-la. Já na segunda nem significado existe. Como no primeiro capítulo dessa história, tudo passou, inclusive a minha desconfiança em algumas pessoas. Essa desconfiança se tornou amizade. Essa amizade se tornou confiável. E essa confiança gerou certo parentesco, na qual posso chamá-lo de irmandade. Parece impossível acreditar nas pessoas pelo o que elas demonstram ser – se bem que, como Chorão diz: “impossível é só questão de opinião” – mas a partir do momento em que convivemos com elas e que construímos uma rotina, parece que nos conhecemos há muito tempo.
Um de nossos educadores disse uma vez que não temos amigos na faculdade, e sim colegas. Particularmente dizendo, colegas são aqueles com quem não criamos um vínculo. Segundo Renato Russo, “sem amor, eu nada seria”. Tudo bem, mas só se for amor entre amigos. Se não temos alguém em quem possamos fraternizar, nós não somos nada. Temos que ter um ombro ali para sobrevivermos. E não só nas horas boas, nas ruins também. Neste semestre aprendi o verdadeiro valor de uma amizade. Estamos ali sempre presentes, um ao lado do outro.

Um tijolo no muro: professores

Professor é aquele que defende, faz idéias e sonhos crescerem, cria situações-problema e não é rude. Temos que pensar que ele nos inspira e que também já foi discípulo. Sua missão mais nobre é a de dirigir conhecimento ao aluno e torná-los suficientemente homens para vencer as armadilhas da verdadeira guerra, a vida.
Neste semestre que passou, aprendi o necessário para o começo, graças aos nossos educadores. Desempenho e determinação deles para que nós pudéssemos aprender foram essenciais.
Claro que em alguns momentos o stress fala mais alto. Alguns professores acabaram se deixando levar pela emoção. Inclusive surgiram algumas reclamações de que certos professores estavam dando mais atenção para outros cursos do que para o jornalismo.
Alguns alunos chegaram a deduzir que estavam sendo prejudicados na hora da correção da prova, porque acharam que um professor estava ignorando os “jovens jornalistas” e prestando mais serviço ao grupo de rádio e TV.
Minha meta a partir de agora é desenvolver resultados, demonstrar em campo o que aprendi com os mestres. Sei que o próximo semestre será intencionado a evoluir o nível de ensino e que vai ficando cada vez mais difícil com o decorrer do tempo. Mas afinal, aprendizagem é sempre bem-vinda.

Trabalhos, provas... Bombas

As primeiras provas foram assustadoras. Um mês antes de elas chegarem eu já estava entrando em pânico – talvez seja uma síndrome, sei lá. Nunca tinha passado por tal experiência. Pensei que fosse um bicho de sete cabeças – e foi. Em algumas, por falta de atenção acabei indo mal, mas graças aos trabalhos consegui atingir minha meta.
Algo que eu aprendi e que tenho certeza que eu nunca mais irei esquecer na minha vida, tempo na faculdade é curto. E que se não correr atrás dos seus objetivos você dança. Temos que entrar no jogo e partir para o ataque. Um momento de desatenção e tudo vai por água abaixo.
É necessário que tenhamos uma virtude chamada paciência. Definida a data de entregue de um determinado trabalho é aquele dia e não tem conversa.
Provas e desespero andam de mãos juntas. Aula dada, aula estudada.
Tire um mínimo de tempo que seja, mas não deixe o que você pode fazer hoje para o dia seguinte. Afinal, o amanhã só pertence a Deus.

Qual é a sua história?

“Como vai você? Eu preciso saber da sua vida...” (Roberto Carlos)
Tive a oportunidade de conhecer vários indivíduos, de apurar vários fatos e de aprender com eles. São pessoas com histórias completamente diferentes.
Por mais que sejam engraçadas, tristes ou alegres esses contos, é uma lição de moral. Cada um tem um mínimo que seja de experiência para dividir com o próximo.
Mas ainda tenho certeza que vou ter muitas histórias para ouvir e contar.

Oportunidades, experiências e surpresas

Tive muitas oportunidades nesse primeiro semestre. Esses ensejos se tornaram práticas de vida, boas para que futuramente eu posso encaixá-las em meu currículo.
Conheci e entrevistei o apresentador do Nosso Campo, Eli Franqui. Também a mexicana Alejandra Gomes, na qual construí mais uma amizade.
Por fim, nos próximos semestres a tendência vai ser de obter mais conhecimentos.
E mais surpresas estão por vir, basta ficarmos esperando para o próximo capítulo. Afinal, paciência é uma virtude.

Um comentário:

  1. Texto perfeito, Guuuh! *------*
    A facul assuta mesmo, no começo, porque é uma fase nova - e completamente diferente - na nossa vida. Mas aos poucos a gente aprende e cresce. E, hoje, posso falar: sem vocês - os caras do fudão, da diretoria, a Ana, a Gih, a Adla... - tudo seria um grande porre! É pelos amigos que a gente tem vontade de ir em frente. E é assim que tem que ser!

    Beeijos Guuuh!
    s2

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