sábado, 24 de abril de 2010

Como não poderia deixar de ser, uma grande... Sustentabilidade.

"Marina Silva falou no auditório do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio na cidade de Itu"



Cerca de 250 pessoas assistiram no dia 15/04 no auditório do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), localizado na cidade de Itu, a uma palestra sobre sustentabilidade ministrada pela senadora do Acre e futura candidata à presidência da República, Marina Silva, filiada ao Partido Verde (PV).

O início da palestra estava previsto para as 19h30, mas só foi começar meia hora depois e durou cerca de 2 horas. O começo foi marcado pela falta da gravação do hino nacional, que todos os presentes entoaram o hino ao mesmo tempo. Marina também cometeu algumas gafes, como: “...as autoridades presentes, prefeito da cidade de Salto, Herculano Passos” – Herculano é prefeito da cidade de Itu. A senadora recebeu um quadro pintado pelo próprio prefeito, o tal representava na pintura o meio ambiente. Durante o evento estiveram presentes Maurício Bruzadin, secretário estadual de organização do PV; Maria Ângela Pimentel, professora e representante do reitor; Herculano Passos, prefeito da cidade de Itu; Rita Passos, Deputada Estadual; e o prefeito da cidade de Salto, Geraldo Garcia.

Marina confessou que não tem formação acadêmica sobre sustentabilidade, mas afirmou que tem vivência sobre o assunto. Ela citou esses conceitos sistêmicos, relacionados com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Em questão da crise social, Marina fala que existe muita exclusão social e que tem pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 por dia. Disse também que há muitas diferenças e que temos que acabar com isso.

Já na crise econômica, no mundo globalizado como o que vivemos as causas desse tipo de crise podem ser incontáveis. Na crise de 2008, o Brasil conseguiu se reerguer, mas não significa que o país não tenha prejuízos, afirma Marina.

No meio ambiente, a senadora fala que a mudança do clima interfere muito, que está sendo alterado pelo homem e que podemos entrar em completo colapso do planeta terra.
“O clima está sendo alterado pelo homem, a qualquer hora ou momento podemos ter um colapso. Uma saída seria mudar o desenvolvimento do homem com a natureza. Em questão da água, os recursos hídricos são escassos, só 0,6% para consumo, desses 0,6% somente 11% está no Brasil. O envenenamento das águas e o desaparecimento das florestas abrangem cada vez mais esse problema”, afirma Marina.



A senadora disse que na dimensão da sustentabilidade cultural só existe troca entre diferenças e que enquanto acharmos que temos heróis, estamos perdidos. “Temos que cada um fazer a nossa parte e transformações, por isso, não podemos ficar sentados esperando.”

Marina falou que o povo é a fala da natureza e que temos que passar por uma luta generosa, ou seja, estamos vivendo o momento de paradoxos.
“Eu acredito em processos horizontais, temos cada vez mais que apostar na democracia. Eu sou sonhadora, e quem é que disse que sonhadores não fazem as coisas? A gente diz que o Brasil é de todos, então vamos assumir um compromisso que todos são do Brasil. Sendo assim, acredito nas transformações feitas pela sociedade, por isso estou deixando o Senado.”

Durante a palestra, ela também citou o seu companheiro de luta Chico Mendes, com o qual fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Marina falou que temos que ter perspectivas amorosas, comentou uma fala de Chico em que uma vez ele conversou com ela e falou que todos nós cidadãos somos a cabeça, ou seja, somos a democracia.

No final da palestra ela citou um poema em que ela considerou seu grito de guerra.
“Em alguns momentos somos a flecha e o arco, eu me coloco no lugar do arco no congresso. Sei que como senadora, sou o arco. A sociedade depois, acaba assumindo uma função de arco e eu de flecha, e vice-versa. Por fim, sou o arco e a flecha.”