"Marina Silva falou no auditório do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio na cidade de Itu"
Cerca de 250 pessoas assistiram no dia 15/04 no auditório do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), localizado na cidade de Itu, a uma palestra sobre sustentabilidade ministrada pela senadora do Acre e futura candidata à presidência da República, Marina Silva, filiada ao Partido Verde (PV).
O início da palestra estava previsto para as 19h30, mas só foi começar meia hora depois e durou cerca de 2 horas. O começo foi marcado pela falta da gravação do hino nacional, que todos os presentes entoaram o hino ao mesmo tempo. Marina também cometeu algumas gafes, como: “...as autoridades presentes, prefeito da cidade de Salto, Herculano Passos” – Herculano é prefeito da cidade de Itu. A senadora recebeu um quadro pintado pelo próprio prefeito, o tal representava na pintura o meio ambiente. Durante o evento estiveram presentes Maurício Bruzadin, secretário estadual de organização do PV; Maria Ângela Pimentel, professora e representante do reitor; Herculano Passos, prefeito da cidade de Itu; Rita Passos, Deputada Estadual; e o prefeito da cidade de Salto, Geraldo Garcia.
Marina confessou que não tem formação acadêmica sobre sustentabilidade, mas afirmou que tem vivência sobre o assunto. Ela citou esses conceitos sistêmicos, relacionados com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Em questão da crise social, Marina fala que existe muita exclusão social e que tem pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 por dia. Disse também que há muitas diferenças e que temos que acabar com isso.
Já na crise econômica, no mundo globalizado como o que vivemos as causas desse tipo de crise podem ser incontáveis. Na crise de 2008, o Brasil conseguiu se reerguer, mas não significa que o país não tenha prejuízos, afirma Marina.
No meio ambiente, a senadora fala que a mudança do clima interfere muito, que está sendo alterado pelo homem e que podemos entrar em completo colapso do planeta terra.
“O clima está sendo alterado pelo homem, a qualquer hora ou momento podemos ter um colapso. Uma saída seria mudar o desenvolvimento do homem com a natureza. Em questão da água, os recursos hídricos são escassos, só 0,6% para consumo, desses 0,6% somente 11% está no Brasil. O envenenamento das águas e o desaparecimento das florestas abrangem cada vez mais esse problema”, afirma Marina.
A senadora disse que na dimensão da sustentabilidade cultural só existe troca entre diferenças e que enquanto acharmos que temos heróis, estamos perdidos. “Temos que cada um fazer a nossa parte e transformações, por isso, não podemos ficar sentados esperando.”
Marina falou que o povo é a fala da natureza e que temos que passar por uma luta generosa, ou seja, estamos vivendo o momento de paradoxos.
“Eu acredito em processos horizontais, temos cada vez mais que apostar na democracia. Eu sou sonhadora, e quem é que disse que sonhadores não fazem as coisas? A gente diz que o Brasil é de todos, então vamos assumir um compromisso que todos são do Brasil. Sendo assim, acredito nas transformações feitas pela sociedade, por isso estou deixando o Senado.”
Durante a palestra, ela também citou o seu companheiro de luta Chico Mendes, com o qual fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Marina falou que temos que ter perspectivas amorosas, comentou uma fala de Chico em que uma vez ele conversou com ela e falou que todos nós cidadãos somos a cabeça, ou seja, somos a democracia.
No final da palestra ela citou um poema em que ela considerou seu grito de guerra.
“Em alguns momentos somos a flecha e o arco, eu me coloco no lugar do arco no congresso. Sei que como senadora, sou o arco. A sociedade depois, acaba assumindo uma função de arco e eu de flecha, e vice-versa. Por fim, sou o arco e a flecha.”
sábado, 24 de abril de 2010
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